Mas á pouco numa reportagem sobre o senhor que ultrapassou a barreira dos 102 ele disse duas frases que gostei imenso:
1ª "...a única coisa que nos vence é a morte...";É uma enorme verdade, é a única coisa que nos vence e também a única coisa que nos é certa. Fiquei a pensar porque do alto dos seus 102 anos, já devia tratar a morte por tu têm praticamente a mesma idade, com essa idade já não se teme de certeza a morte, deve-se mesmo rir á gargalhada cada vez que ela é mencionada. Fazer piadas tipo ela ficou de passar lá em casa á 20 anos mas tinha a morada errada e até hoje não encontrou a rua.
Depois de mais um bocado com esta frase a bater nas tabelas da caixa que carrego em cima dos ombros, mudou-se o sentido da morte, não a nossa mas a dos outros, aqueles que nos são próximos, a saudade que esta nos deixa, e aí os seus 102 e dois anos pesaram-me nos ombros. Porra deve ser muito difícil. Portanto senhora morte não tendo qualquer duvida que me vai vencer, faço-lhe um pedido que me vença pela minha e não pela daqueles que me são queridos.
2ª"...entre a dúvida e a fé, fica a fé que é mais forte..."A Fé, adoro a fé, é preciso ter fé. É um sentimento tão fora de moda quase marginalizado, mas provavelmente é o mais importante para todos os homens. Uma vez em amena cavaqueira, já com os copos a mais, com um padre que gosto de considerar amigo depois do mítico jogo Portugal-Inglaterra no Euro 2004, em que Ricardo tem aquela fabulosa frase " tão pequenos mas com uma vontade tão grande"*) cheguei a esta conclusão a fé é a coisa mais importante. Posso acreditar em Buda, acreditar em Deus, Allah, Shiva, Iemanjá, principalmente acredito no Homem e acima de tudo tenho de acreditar em mim, acreditar que sou sempre capaz de fazer melhor, que vou ser sempre uma melhor pessoa.
Obrigado mestre por esta aula de filosofia, e prometo que um dia vou dar atenção devida á sua obra.
*(esta fica para outra ocasião)