Tivemos uma campanha ridícula, regrada pelos ataques pessoais e pelo mal dizer, por casos com maior ou menor gravidade, que assumiram um papel determinante quando nunca deveriam ter deixado de ser secundários. E o estado do País?
-O desemprego? que todos sabemos que é infinitamente superior aos números oficiais;
-O défice? que no mínimo será o triplo do do ano passado;
-As grandes obras públicas? que com o cada vez menor numero de estrangeiros a vir para Portugal provavelmente nunca serão acabadas;
-O facto de cada vez estarmos pior classificados nos rankings da UE? sendo mesmo ultrapassados por países que ainda ontem eram considerados de terceiro mundo;
-o interior do País? cada vez mais deserto e abandonado, contribuindo assim para a catástrofe de excesso de população dos grandes centros urbanos.
-E claro essa besta negra a Justiça, ainda alguém se lembra do caso Casa Pia? Ainda alguém acredita numa justiça que demora anos a condenar ou ilibar alguém, quando condena para ser pedido um recurso que provavelmente demorará o tempo suficiente para que o caso prescreva.
É este o estado da nossa casa, é assim que estamos. Mas temos três ou quatro dos maiores centros comerciais da Europa e o magalhães, alegre-se quem acha que são sinais de desenvolvimento.
Voltando ao inicio só umas palavras a esse senhor: A sua atitude cria grandes duvidas, e se não queria intervir na campanha eleitoral, tenho muita pena em dizer-lhe, mas interveio e da pior maneira possível porque definiu o resultado.
-Se isto fosse futebol poderíamos dizer que o jogo estava empatado em tempo de compensações e o arbitro (o senhor Aníbal) agarrou na bola meteu-a dentro da baliza do PSD, validou o golo e apitou para o fim do jogo.
Agora há dúvidas que não param de me assombrar, qual foi a sua intenção? Porque as leituras que posso fazer deste incidente em nada o beneficiam:
-Primeira hipótese o senhor está xé-xé, (é famosa a sua paranóia por segurança, quando era P.M. a sua mulher ia dar aulas na Universidade Católica rodeada de segurança e numa sala que tinha os vidros blindados, por sua exigência) criou esta história toda, e quando o PS apertou o cerco e lhe exigiu explicações, o senhor borrou a cuéquinha toda, e no desespero da cobardia queimou vinte anos de cooperação e lealdade atirando Fernando Lima á fogueira.
-Segunda hipótese o senhor, tem alguma dívida ou interesse com o PS, e garante a vitória deste a menos de uma semana das eleições para mais tarde receber os seus dividendos.
-Terceira hipótese acreditamos que Cavaco está bom da cabeça põe-se novo problema, ou o senhor pretende ter relações cordiais com um governo que o andou a escutar, e agora reeleito se vai sentir ainda mais no direito de o fazer, ou quis penalizar sériamente alguém no PSD e o próprio partido por terem engendrado tal notícia.
Porque vejamos friamente as coisas, este caso começa na imprensa não interessa com que propósito, o senhor Presidente se realmente não quer interferir, manda o senhor Fernando Lima afastar-se (umas férias, ou uma constipação de uma semana, com o medo da gripe A não seria estranho) porque até tem quem o substitua, e na segunda feira a seguir ás eleições demite-o. Isto partindo do princípio que o senhor Fernando Lima é parte integrante da confusão mas há suspeita que há outros envolvidos. Agora pode-se dar o caso de Fernando Lima ser o único culpado e aí só teria de demiti-lo e dizer ao País porque o tinha feito.
Esta atitude cobarde e ridícula de terrorismo eleitoral não pode ser compreendida por ninguém de bom senso, além de que, se a origem do problema vem de algum dos partidos que vai a eleições os Portugueses teriam o direito de saber em quem irão votar.
e agora senhor Presisente...